Os solos são geralmente Cambissolos, Plintossolos, Argissolos, Gleissolos ou Neossolos, podendo mesmo ocorrer Latossolos semelhantes aos das áreas de cerrado (sentido amplo) adjacentes. Neste último caso, devido à posição topográfica, os Latossolos apresentam maior fertilidade, devido ao carreamento de material das áreas adjacentes e da matéria orgânica oriunda da própria vegetação. Não obstante, os solos da Mata podem apresentar acidez maior que a encontrada naquelas áreas.
De acordo com características ambientais como a topografia e variações na altura do lençol freático ao longo do ano, com conseqüências na florística, a Mata de Galeria pode ser separada em dois subtipos: Mata de Galeria não-Inundável e Mata Ciliar Inundável. É situação comum que uma Mata apresente não somente um desses padrões ao longo de todo o curso d’água, de modo que são encontrados trechos inundáveis em uma Mata que, no geral, se classifica como não-Inundável e vice-versa.
Algumas espécies podem ser encontradas indistintamente tanto na Mata de Galeria não-Inundável quanto na Mata Ciliar Inundável; ou em trechos com estas características. São espécies indiferentes aos níveis de inundação do solo. Entre estas cita-se: Protium heptaphyllum (breu, almécega), Psychotria carthagenensis (erva-de-gralha), Schefflera morototoni (morototó), Styrax camporum (cuia-do-brejo), Symplocos nitens (congonha), Tapirira guianensis (pau-pombo, pombeiro) e Virola sebifera (virola, bicuíba). Protium heptaphyllum e Tapirira guianensis, em particular, podem apresentar grande importância em termos que quantidade de indivíduos nos dois subtipos de Mata de Galeria.
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